Pesquisas

 

Emoções Primárias

Nojo

12-03-2021

(origem controversa)
nome masculino

Raiva

12-03-2021

(latim vulgar rabia, do latim rabies, -ei)
nome feminino

Tristeza

12-03-2021

(latim tristitia, -ae)
nome feminino

Medo

12-03-2021

1. Estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticos ou imaginários. = FOBIA, PAVOR, TERROR

Alegria

12-03-2021

1.estado de grande satisfação, contentamento, felicidade, júbilo, que em geral se manifesta exteriormente


Funções das Emoções

Damásio (1995) defende que as emoções desempenham uma função na comunicação de significados a terceiros e podem também ter o papel de orientação cognitiva para os indivíduos que as experimentam. As emoções transmitem, assim, significados específicos, como por exemplo a experiência de raiva está frequentemente associada à presença de uma injustiça real ou percebida ou a um impedimento de um objetivo desejável, a experiência de tristeza indica uma perda real ou percebida. As emoções desenvolvem-se em padrões previsíveis que estão relacionados com acontecimentos em situações sociais complexas. Por outras palavras, as emoções satisfazem um sistema de símbolos complexo, coerente e consistente, que pode ser gerido, entendido e planeado, contribuindo para o pensamento abstrato (Mayer, Salovey, & Caruso, 2002). 

Salovey e Mayer (1997, cit. por Lima Santos & Faria, 2005) defendem que a emoção torna o pensamento mais inteligente e que se pode pensar inteligentemente sobre as emoções. As emoções assumem um papel fundamental para a mente e para o cérebro, constituindo-se como estados de espírito. As abordagens construtivistas sobre as emoções defendem que as mesmas, como por exemplo a raiva, a tristeza e o medo, são mais que elementos básicos e primários do ser humano, são eventos mentais que resultam da interação entre os mais básicos sistemas psicológicos. As emoções são perceções que cada individuo constrói sobre o que está a sentir, pois a mesma emoção pode ser sentida de forma diferente por duas pessoas e diferentes emoções verbalizadas pelos indivíduos não são necessariamente causadas por diferentes mecanismos. As emoções variam não apenas na vida de um indivíduo, mas também entre indivíduos da mesma cultura e de culturas diferentes. O conhecimento emocional de cada um de nós depende da experiência emocional própria e do que observamos nos outros (Barrett, 2011). As emoções fazem parte do ser humano e são benéficas na sua vida social. Mas serão todas elas benéficas? Mais do que as emoções serem benéficas, estas produzem respostas comportamentais. E as respostas comportamentais serão todas elas adequadas? Muitas não o são e os indivíduos podem agir perante uma situação de forma inadequada e admitir ter poder para controlar as emoções. A verdade é que os seres humanos não podem controlar as suas emoções à vontade, nenhum ser humano exerce um controlo voluntário direto sobre os processos neurais que comandam o processo emocional. "Podemos educar as nossas emoções, mas nunca as suprimir completamente" (Damásio, 2000, p. 70)

(https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3768/1/Tese_Marisa%20Sousa.pdf)


Circulo das emoções


Competências Emocionais

A par do conceito inteligência emocional, surge o conceito competência emocional. Segundo Stocker e Faria (2012), a competência é um conjunto de perceções, juízos e avaliações que cada um tem sobre as próprias capacidades intelectuais, sendo fundamental na prossecução de objetivos de realização e na mestria pessoal. Para Fleury e Fleury (2001), a competência está baseada em conhecimentos, habilidades e atitudes do indivíduo que agregam valor social ao próprio e valor económico à organização, por meio de um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades. O conceito competência emocional advém do conceito inteligência emocional que surgiu na literatura científica, no início da década de 90, para representar um tipo de inteligência que envolve o processamento emocional, conforme já foi discutido. De acordo com Saarni (2002, p. 65), a competência emocional é uma "demonstração de autoeficácia nas transações sociais que produzem emoções", isto é, "o indivíduo acredita ter a capacidade e as habilidades necessárias para alcançar um determinado resultado". Ser emocionalmente competente depende da história social de cada um: das crenças, atitudes e suposições, da cultura, dos papéis sociais que ocupamos, como o género e a idade, da observação de outras pessoas importantes e dos padrões de reforço daqueles com quem se está significativamente envolvido. "Todos estes fatores contribuem para que aprendamos o que significa sentir alguma coisa e fazer algo a respeito disso" (Saarni, 2002, p. 69). Indivíduos emocionalmente competentes são indivíduos capazes de administrar as suas próprias emoções de forma eficaz, o que lhes permite negociar o que pretendem por meio de interações pessoais. Mais do que atingirem o que pretendem, sujeitos com competência emocional têm um sentido de bem estar subjetivo e uma resiliência adaptativa diante de situações stressantes (Saarni, 2002). Ora, de acordo com Kofman (2002) há cinco competências básicas, que devem ser aplicadas à própria pessoa e que se transformam no relacionamento com os outros e que refletem a competência emocional (Quadro 1). Vários estudos no domínio e no contexto português (Faria, Costa, & Costa, 2008; Faria & Lima Santos, 2006, 2011; Lima Santos & Faria, 2005) demonstraram que o desenvolvimento da competência emocional promove a melhoria de outras competências, nomeadamente as sociais, bem como a manifestação de comportamentos mais adaptativos e eficazes. Na verdade, quando a pessoa tem um sentimento de competência positivo, terá uma maior capacidade de relacionamento interpessoal, sentir-se-á bem consigo própria, 31 assim como aceitará mais facilmente desafios, empenhando-se, persistindo e envolvendo-se de forma a superá-los (Faria, 2002a, cit. por Faria, Costa, & Costa 2008). 

Ter auto-eficácia emocional, o que significa o indivíduo aceitar a sua experiência emocional, independentemente de ser integrada na cultura onde está inserido". Em suma, ser emocionalmente competente implica desenvolver as habilidades emocionais atrás descritas, ainda que de acordo com o contexto cultural, de forma gradual e não necessariamente na sequência em que foram apresentadas. Estas habilidades são aprendidas ao longo da vida, mediante experiências em vários contextos sociais, nos quais o sujeito se vê obrigado a responder de forma eficaz, se bem que haverá sempre situações em que inevitavelmente o sujeito responderá com relativa incompetência emocional, apesar dos esforços para dar respostas adaptativas. Assim, ser emocionalmente competente exige uma plasticidade de comportamentos que explica o facto desta competência ser medida como uma aptidão, e não ser necessariamente sinónimo de otimismo, alegria ou amizade (Mayer, Salovey, & Caruso, 2002).  

(https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3768/1/Tese_Marisa%20Sousa.pdf)


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